mudanças, sumiços e justificativas

1.

não costumo aparecer por aqui às segundas, mas acho que isso se fez necessário. semana passada, na quarta, não saiu a edição da minha newsletter e na sexta, que foi a última do mês, deveria ter saído um conto, como aconteceu nos dois meses anteriores.

o que acontece é que meus textos de reserva que estavam programados acabaram e eu não tive tempo de transformar os rascunhos que eu tinha em textos para serem publicados.

e resultado final é isso aqui.

2.

não que eu esteja me justificando, apesar de poder parecer isso. acho até que, na verdade, isso aqui é uma justificativa, mas é mais pra mim mesmo. essa newsletter precisou mudar. é bem provável que não tenha sido só o capitalismo e ter de trabalhar mais de 50 horas semanais que tenham me detido de escrever o episódio que deveria ter saído na quarta passada.

eu tenho bastante coisa pra fazer. algumas delas são importantes. todas elas me dão excelentes oportunidades para procrastinar e escrever os textos dessa newsletter. entretanto, o fato de eu não tê-los escrito talvez signifique que eu não os quisesse escrever tanto assim. com certeza, os queria menos escritos do que esta edição aqui — que existe, enquanto todas as outras continuam ali nos meus drafts.

pois bem, é isso, mudamos.

3.

o que me fez lembrar de um cacoete de quem tenta se divulgar pelo instagram.

“oi, gente. fiquei fora do insta por um tempo por causa da correria.”

é bem provável que se você rodar os stories, vá ver alguns com essa pegada. mas qual é a real necessidade de transmitir isso para uma suposta audiência? fico me perguntando.

especialmente se a audiência não favorece quem tá no palco do story com nenhum tipo de ganho financeiro. eu mesmo já devo ter feito isso algumas vezes, sem nenhum motivo aparente. não é como se você estivesse prestando um serviço e por algum motivo qualquer tivesse se atrasado com alguma parte daquilo que deveria entregar.

o instagram é grátis, as pessoas estão ali porque querem e vendo o que veem por escolha própria. ou é assim que gostamos de pensar.

é muito doido que alguém nesse contexto se sinta impelido ou coagido a justificar ausência.

o fato de esperar pela presença das pessoas ali já é bastante perturbador.

4.

digressões sobre justificativas desnecessárias à parte. este vai ser o novo formato da sms porque eu provavelmente não deixei nada sem fazer na semana passada pra lançar uma edição com o formato antigo e, agora, estou escrevendo esse formato com um pouco mais de animação — o que quer que isso queira dizer.

não devo mudar o nome porque, afinal de contas, três letras podem significar qualquer coisa, certo.

sms pode ser qualquer coisa.

só mistérios sinistros, sem misturar sódio, sem meias secas, sem mais sugestões…

5.

por fim, estive avaliando lançar minhas crônicas do ano passado em um livro impresso pela amazon. só que as impressões são feitas apenas nas gringa. desisti.

então, achei uma editora que publica, mas eu teria que me comprometer a vender 50 ou 60 cópias — caso contrário teria que desembolsar a diferença das vendas — o que eu não estou nenhum pouco disposto a fazer.

caso vocês tenham certeza de que comprariam minha arte, deixem um comentário aqui pra eu saber se devo tocar esse barco, ou afundá-lo nas chamas da negligência e do desânimo.

e, por ora, é isso.

valeu, falou.