borboletas, bolhas e danças 💃

galera de caubói, galera de peão e zaratustra 🤠

1.

numa dessas festas culturais da vida, as crianças dançavam “alô, galera de caubói. alô, galera de peão”. eu dancei isso também na então festa cultural da minha escola de então. a música, um lançamento, na época, 2002, agora foi sampleada com uns beats e uns trejeitos mais tiktok.

mas, apesar da novidade, a canção era a mesma de sempre, os samplers no meio da versão tiktok eram de músicas também antigas e, também, as mesmas de sempre. e eu tenho certeza que até a coreografia que as crianças de agora dançavam era a mesma que eu havia dançado então.

2.

não se pode crer em um deus que não dance e isso tem tem pouco a ver com dança, ou deus. e, sim com a impossibilidade de uma vida ausentada da leveza das borboletas e da frivolidade das bolhas de sabão.

a leveza e a frivolidade de uma dancinha do tiktok.

coisas que significam pouca coisa.

quase nada.

ou, ainda, nada.

3.

a vida de uma borboleta, cerca de trinta dias. o estouro de uma bolha de sabão, poucos segundos. os minutos e segundos de uma dancinha.

lapsos de existência que invariavelmente se perderão.

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